Estudo inovador liderado pelo investigador Miguel Leal, do CESAM-UA, em coautoria com Ricardo Calado, membro da mesma unidade de investigação da Universidade de Aveiro (UA) quantifica, à escala mundial, a capacitação científica obtida no decorrer dos últimos 50 anos para a descoberta de novos produtos naturais de origem marinha.
A biodiversidade marinha tem um enorme potencial para a biotecnologia azul, constituindo um incrível reservatório de recursos genéticos e biológicos passíveis de serem usados, por exemplo, na indústria farmacêutica, cosmética e nutracêutica.
Este método será imprescindível no fornecimento de dados face às negociações políticas internacionais e para avaliação do sucesso da implementação do Protocolo de Nagoia no âmbito da Convenção da Biodiversidade Biológica.
A Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) é uma convenção que tem como objetivo a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável dos seus constituintes e a repartição justa e equitativa dos benefícios gerados a partir da utilização de recursos genéticos, sendo Portugal parte da mesma. Um dos aspetos chave deste Protocolo é capacitar os países de origem dos recursos para que estes os possam explorar de forma sustentável e tirar partido dos seus benefícios.
Contudo, medir a capacitação desses países é uma tarefa complexa e para os quais existem poucos dados, sendo esse o aspeto a melhorar pelo trabalho dos investigadores da UA.