Investigadores do centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CeNTI) e do Centro de Engenharia Biológica (CEB), submeteram um pedido de pré-patente para tintas fluorescentes inovadoras.
Classificadas como biotintas florescentes ecossustentáveis, estas tintas apresentam características únicas e exclusivas com o objetivo de as tornar difícil de reproduzir ou clonar.
As biotintas são compostas por matérias naturais, resultando do metabolismo de microrganismos, em oposição às tradicionais, processadas a partir de petróleo.
Normalmente, as biotintas são utilizadas em impressoras 3D, as quais permitem a impressão de variados biomateriais de acordo com as características pretendidas.
A primeira impressão 3D surgiu no ano de 1984, tendo sido desenvolvida desde então. Pretende-se que fiquem cada vez mais acessíveis e eficazes, permitindo a produção simples de moléculas de química complexa.
Desta forma, esta inovação tem um papel principal no combate à contrafação ilegal de produtos têxteis, dando à bioimpressão, uma nova área para se desenvolver.
Na realidade do nosso país, a contrafação é algo frequente, sendo gerados, anualmente, um prejuízo avaliado em cerca de 450 mil milhões de euros, o que coloca em perigo mais de 200.000 postos de trabalho em todo o mundo, metade dos quais na Europa. Importante notar ainda que o comércio de produtos contrafeitos pode colocar seriamente em perigo a saúde e a segurança dos consumidores, nomeadamente, no caso de produtos têxteis.
Por outro lado, estimula ainda o setor industrial através de possíveis aplicações interessantes, como a possibilidade de padrões que se alteram com a luz ambiente.
Em suma, percebe-se que o desenvolvimento de conceitos tão inovadores como este potenciam o crescimento biotecnológico e são relevantes para várias indústrias, tornando-as mais inteligentes e funcionais.
Scientific Junior Value, Generating Sucess!